domingo, 31 de agosto de 2008

Revistas (1) - Mundo de Aventuras (12)

Outras novidades
Houve a publicação de histórias não enquadradas em séries.
No número 119, uma pequena história, A carga da brigada ligeira, sem referência a autores ou origem.
Do Tintin belga surgem duas histórias curtas da dupla Lilliane e Fred Funcken, nos números 135 e 137, Madame Sans-Gêne, Primeira Duquesa e Quando Leroy Vestia O Imperio.
No número 164 surgiu uma história do desenhador espanhol António Carrillo, Os mercenários. Este autor caracterizava-se por atribuir os mesmos rostos às personagens nas diferentes séries e histórias mantendo a temática.

Página de Os mercenários

Mais duas histórias originais, de ficção científica: A amazona de Barsoon e Para lá das estrelas. Histórias curtas dos comics americanos.

A BD dos portugueses.
Além de Cartouche, já referido anteriormente, e que tem como um dos autores Eduardo Teixeira Coelho, houve o regresso da série Tomahawk Tom no número 182, com a reedição de O enigma do cavalo preto.
O mesmo autor de Tomahawk Tom, Vítor Peon, também já tinha surgido no número143 com uma personagem que não aparecia no Mundo de Aventuras desde o número 210 da primeia série, em 20/8/1953. Tratava-se de Zama, uma “espécie de Tarzan”, no episódio O Mistério dos Leopardos com argumento de Edgar Caygill.

Página de Zama

Nesse mesmo número 143 surgiu uma outra dupla de autores, Baptista Mendes no desenho e Jorge Magalhães no argumento publicavam A Lenda de Gaia, uma adaptação de um episódio que faz parte das lendas que provêm da época anterior à fundação de Portugal.

Vinheta de A lenda de Gaia

Baptista Mendes foi o autor mais publicado, continuando com as curtas histórias de 2 páginas sobre factos e figuras da história de Portugal. Publicou nove destes episódios pequenos .
O surgimento da secção Novos da banda Desenhada Portuguesa, fez aumentar o número de páginas publicadas de autores portugueses. Foram publicadas 15 histórias nesta secção. A qualidade era muito variável, mas quase sempre fraca, quer no desenho quer no que se refere ao argumento. Mas o objectivo da iniciativa não era de ver surgir grandes obras, mas abrir uma possibilidade de publicação para os jovens que quisessem tentar a banda desenhada.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Revistas (1) - Mundo de Aventuras (11)

A BD publicada.

O Humor
198 episódios publicados, dos quais 128 vieram do Estados Unidos. Obviamente que este número é tão elevado porque considerei com um episódio cada uma das tiras ou cada uma das páginas das séries humorísticas.
E o humor não faltou na revista. Quase todas as semanas surgia uma série com estas características. Continuou a publicação de Hagar, com 13 episódios, Popeye que surgiu com 21 páginas, e Os sobrinhos do capitão com 5.
Mas também houve várias estreias. Stimey, com curtos episódios de três vinhetas, que teve 13 tiras publicadas.

Tira de Stimey


Com a edição em tiras surgiram Grubby, uma única vez, no n.º 174, e Deems com a publicação de 7 tiras. Com a publicação de 4 páginas, também foi editada a série Barney Google e Snuffy Smith , que se estreou no n.º 171.

Todas estas séries tiveram como origem os Estados Unidos. Mas nem só do outro lado do Atlântico chegou o humor. Da Bélgica chegou um simpático cão e o seu pequeno dono, Boule e Bill, a criação de Roba, que se estreou no nº 139. Uma página de humor que surgiu por 4 vezes.

Vinheta de Boule e Bill

Séries em estreia

Mas nestes 64 números muitas outra séries forma estreadas, além das já referidas com características humorísticas.
Provenientes dos EUA, mais concretamente das revistas de comics, surgiu Deathlok um super-herói cósmico, com 3 aventuras.

Vinheta de Deathlok

Ka-zar, sem super-poderes mas com uma força descomunal, vivendo numa selva onde tem por companheiro um tigre dente de sabre, enfrenta e vence tudo o que vier fazer mal ao mundo.

Vinheta de Ka-Zar

Carson de Vénus, uma série em que a qualidade do desenho deixava a desejar, adaptado da obra de Edgar Rice Burroughs, estreou-se no número 127 e teve 12 episódios publicados.
Ainda dos Estados Unidos surgiu no suplemento, Os clássicos da Banda Desenhada, Rádio patrulha, numa história de 1934 desenhada por Charles Smith, com argumento de Ed Sullivan.
Da Bélgica chegaram outras estreias. Histórias que por vezes obrigavam ao uso de duas revistas para serem publicadas. Jack Diamond uma série do Tintin belga, que já tinha sido terminada e de qua penas existem 3 episódios, estreou-se no número 126.
De Vítor Hubinon, no número 152 surge Tiger Joe, um guia de safaris em África.

Duas vinhetas de Tiger Joe

No n.º 162 uma estreia de uma série actual, na época, e que constituiu uma novidade devido ao estilo gráfico. nada comum nesta revista. Archie Cash de Malik. Pena não ter sido iniciado pela primeiro episódio, que permitiria conhecer e perceber melhor as personagens que surgem na história. Tiger Joe e Archie Cash tiveram dois episódios publicados.

Vinhetas de Archie Cash

Mas houve mais séries em estreia.
Cartouche do português Eduardo Teixeira Coelho, com argumento de Jean Olivier, no n.º 174;

Vinheta de Cartouche

Michael Brand, uma série inglesa desenhada por William Barry, anunciado como o grande rival de 007, mas de quem não foi publicado mais nenhum episódio.

Tira de Michael Brand

No nº 131 estreava mais uma série inglesa , Esquadrão do crime, que nunca mais surgiu.
Ainda do mesmo país, Os ficheiros secretos da Luftwaffe era uma série com histórias de 3 páginas sobre episódios da 2ª guerra mundial. Estreou-se no n.º 151 e marcou presença ainda mais uma vez.
Sandokan, publicado em destacável, foi uma adaptação italiana, com desenhos de Daniele Fagarazzi e texto de E. Ventura (este nome corresponde a um dos pseudónimos de Mino Milani). Teve o seu episódio publicado entre os números 167 e 173. Uma série provinda do Corrieri dei Garrazzi.

Vinheta de Sandokan

A temática do oeste americano também apareceu com séries novas.
Randall do chileno Arturo del Castillo surgiu no nº 121 e teve dois episódios.

Página de Randall

Também de um autor da América do Sul, mais concretamente da Argentina, Jorge Moliterni, foi publicada a série, A Caravana do Oeste, que narrava as aventuras de três personagens que guiavam uma caravana através do continente americano. Desta série fica a curiosidade de o papel principal do trio ser uma mulher, guia de caravanas, e uma das outras ser um índio.

Página de A caravana do oeste

Há que fazer referência a uma outra estreia. Cohill, foi estreado no nº 156. Um western com bom argumento e desenhos de qualidade, mas que não teve sequência e de que não consegui encontrar a origem.

Vinheta de Cohill

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Revistas (1) - Mundo de Aventuras (10)

A revista

O número 118 além de iniciar um novo ano, saiu no dia 1 de Janeiro de 1975, anunciava-se como sendo o início de uma nova fase do nosso jornal.
Neste número iniciou-se nas páginas centrais a publicação de um suplemento, com páginas não numeradas, designado Clássicos da Banda desenhada.
Começou pela publicação do primeiro episódio de Terry e os piratas. Em cada página eram publicadas 2 tiras com rotação de 90 graus.

A primeira vinheta de Terry e os Piratas

A publicação deste suplemento correspondeu na prática a um aumento de 4 páginas na revista, passando para um total de 48, embora apenas 44 numeradas.
A revista também sofreu um aumento de preço, passando a custar 7$50.
Estreou-se a secção Rubrica do Oeste, com textos e curiosidades sobre o tema, e que viria a organizar um concurso de contos.
Foram surgindo outras rubricas: Cinema fantástico, Visor, O mundo maravilhoso do circo, Escola de espionagem e Os homens e a história.

Cabeçalho da secção Escola de Espionagem

No âmbito da banda desenhada de referir o surgimento de Crash, com notícias da actualidade da BD, no nº 161, e Arquivos de Banda Desenhada, no 173, conjunto de memórias de Orlando Marques, contista e argumentista de BD, que narra o que era a edição de revistas de banda desenhada nas décadas de quarenta e cinquenta do século passado.
De salientar a publicação de entrevistas aos autores Vítor Peon, no nº 123, Chiqui de La Fuente, 143, Alfonso Azpiri no 151 e António Hernandez Palácios no 134. Ainda artigos sobre Esteban Maroto no n.º 147 e Reed Crandall no 159 e sobre a série Fantasma nos nº 125 e 126.
Começou a surgir coma regularidade a publicação de contos. Inicialmente surgia um conto todas as semanas, , embora essa periodicidade se fosse perdendo.
O autor mais publicado neste números foi Edgar Caygill com as histórias ilustradas por Baptista Mendes. Este desenhador também ilustrou contos de Tharuga, Roy West, pseudónimo de Jorge Magalhães, e Orlando Marques. Alguns contos deste último foram ilustrados por António Barata. Foi ainda publicado um conto de Teresa Franco.

Ilustração de António Barata para um conto de Orlando Marques

Alguns dos contos de Orlando Marques, por serem mais extendos, foram publicados em dois números.
Como é óbvio esta profusão de secções de texto diminuíram o n.º de paginas dedicado à banda desenhada. No n.º 165, por exemplo, das 48 páginas da revista, 13 não eram de banda desenhada.
No nº 151 iniciou-se Os novos da Banda Desenhada, onde os jovens autores poderiam ver publicados os seus trabalhos, com uma máximo de 10 páginas, sendo-lhes pago o valor de 150$00, 1,25 euros, por página.

Página de uma história do autor José David publicada nos Novos da Banda Desenhada Portuguesa no n.º 176

O número 161 celebra a publicação do número 1413, se não tiuvesse havido renumeração, o que ultrapassava os 1412 dode O Mosquito, a revista portuguesa que mais números tinha publicado.
No número 167 surge uma outra novidade, A publicação em destacável de Sandokan. Era possível retirar as páginas da revista e formar um álbum com as págnas correctamente numeradas.
No n.úmero 180 terminava a publicação do 1º volume de Clássicos da Banda Desenhada.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Efemérides (4) - Mundo de Aventuras

No dia 18 de Agosto de 1949 saiu pela primeira vez a revista Mundo de Aventuras, na época com o formato de jornal, uma das revistas que durante anos marcou a banda desenhada publicada em Portugal.

Cabeçalho dos primeiros números

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Capas (8)

Capa desenhada por José Garcês para a revista O Falcão número 1209.

A data de edição é de 27 de Setembro de 1983.


domingo, 10 de agosto de 2008

Séries de que eu gosto (8) - Blake e mortimer (2)




Cronologia





1)Le Secret de l'Espadon; Tintin (edição belga), publicado a partir de 26/9/46; O segredo do espadão, Leão, 1955 (a publicação ficou incompleta); Tintin (edição portuguesa) de 11/4/81 a 8/5/82, n.º48/13ºano a n.º15/14º ano e n.º 26/14º ano a n.º52/14ºano.
2) Le Mystère de la grande pyramide; O mistério da grande pirâmide, Cavaleiro Andante, 30 a 132 de 26/6/52 a 10/7/54.

Capa do Cavaleiro Andante n.º 30 com O mistério da grande pirãmide

3) La Marque jaune ; A marca amarela, Cavaleiro Andante, 157 a 219 de 1/1/55 a 10/3/56; Tintin, 9/10/76 a 26/2/77, do nº 20/9º ano ao 41/9ºano.


O professor Septimus e Olrik em A marca amarela

4) L'Énigme de l'Atlantide; O enigma da Atlântida, Cavaleiro Andante 228-262, 264-268, 270-278, 280-291 de 12/5756 a 27/7/57; Tintin, 42/9ºano a 10/10ºano, de 5/3/77 a 23/7/77.

Primeira vinheta de O enigma da Atlântida

5) S.O.S. Météores; SOS meteoros, Cavaleiro Andante, 340-358, 360-393, 395-398, de 5/7/58 a 15/8/59; Tintin, 5/4ºano a 37/4ºano, de 26/6/71 a 5/2/72.
6) Le Piège diabolique; A Armadilha diabólica, Foguetão, números 1 a 13, de 4/5/61 a 27/7/61 (ficou incompleta e continuou no Cavaleiro Andante); Cavaleiro Andante, 504-534 de 26/8/61 a 24/3/62; Tintin, 41/2º -50/3º, de 7/3/70 a 8/5/71.
Capa do Cavaleiro Andante nº 504

7) L'Affaire du collier; O caso do colar, Nau catrineta (suplemento dop Diário de Notícias), números 146-207; Tintin, 27/1ºano a 52/1º ano, de 30/11/68 a 24/5/69.
8) Les 3 Formules du professeur Sato; As três fórmulas do professor Sato, Tintin, 21/5º a 14/6º, de 14/10/72 a 25/8/73; A 2ª parte foi publicada nas Selecções BD (1), 1988.
9) L'Affaire Francis Blake; O caso Francis Blake.


Capa do álbum O caso Francis Blake

1) La Machination Voronov; A conspiração Voronov, Selecções BD, números 13 a 17, Novembro 1999 a Março 2000.
11) L'Étrange Rendez-vous; O estranho encontro.
12) Les Sarcophages du 6e continent; Os sarcófagos do 6º continente.
13) Le Sanctuaire du Gondwana; O santuário de Gondwana.

Capa do albúm O santuário de Gondwana

No que se refere à edição portuguesa apenas indiquei as edições em revista, porque todos eles foram publicados em álbum.
13-a) Les sarcophages d’açoka, edição limitada, que junta num único álbum redesenhado Os sarcófagos do 6º continente e O santuário de Gondwana.

14) La Malediction des Trente Deniers( ( tome 1); A maldição dos Trinta Denários ( tomo 1)

Autores
Os primeiros 8 episódios são da autoria de Edgar Pierre Jacobs. Exceptua-se a segunda parte de As três fórmula do professor Sato, com desenhos de Bob De Moor.
De salientar no entanto a colaboração de Albert Weinberg em O mistério da grande Pirâmide, de Lilliane e Fred Funcken em Armadilha diabólica, mais especificamente na parte referente à viagem pela idade média e de Geral Forton em O caso do colar.
9) e 11) têm por autores Jean Van Hamme no argumento e Ted Benoit no desenho.
10), 12), 13) e 13-a) têm argumento de Yves Sente e desenhos de André Juillard

A Maldição dos Trinta Denários, tem texto de Jean Van Hamme. O album começou a ser desenhado por Sterne. Após a sua morte a história foi terminada pela sua esposa, Chantal de Spiegeleer.

Cronologia alternativa pela temporalidade as aventuras.

Trata-se de uma sequência interessante para quem queira reler a série, mas desaconselhável para quem inicie a leitura. Para estes será sempre preferível ler primeiro os álbuns de Jacobs, ou as mudanças de estilo narrativo poderão fazer parecer que a série tem uma menor qualidade que aquela que efectivamente tem.
1946 ou 1948-49 O segredo do espadão
1950 O mistério da Grande pirâmide
1953 A marca amarela
1954 O caso Francis Blake
1954 O estranho encontro

1955 A Maldição dos Trinta Denários
1955 O enigma da Atlântida
1957 A conspiração Voronov
1958 S.O.S. Météoros
1958 Os sarcófagos do 6º continente (Evocação de 1921 para descrever a juventude de Mortimer)
1958 O santuário de Gondwana
1960 A armadilha diabólica
1965 O caso do colar
1971 As três fórmulas do professor Sato

Fontes consultadas

Mellot, Philip; Moliterni, Claude ; Turpin, Laurent;(2002) L’AbCDaire de la bande dessinee, Flamarion, Paris
Mellot, Philip;Moliterni,Claude ; Chronologie de la bande dessinee, (1996) Flamarion, Paris
Selecções BD (2ª série) , n.º 13, Nivembro de 1999
Cairo, n.º 13, Fevereiro de 1983
Nemo, the classic comics Library. 13, outubro de 1985,
Tintin (edição prtuguesa) 6º ano, nº 26, 17/11/73

http://www.blakeetmortimer.com/
http://www.trussel.com/detfic/blake2.htm
http://www.machpro.fr/bm/
http://br.geocities.com/bdnostagia/index.htm
http://www.comics-portugal.info/
http://fr.wikipedia.org/wiki/Blake_et_Mortimer

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Séries de que eu gosto (8) - Blake e Mortimer (1)


Blake et Mortimer é uma série criada por Edgar Pierre Jacobs, que navega entre a espionagem, a ficção científica e o sobrenatural, sendo esta última característica contraditória com a visão científica de Mortimer.
As duas personagens são as criações mais inglesas da banda desenhada continental, com as suas frases e comportamentos estereotipados. Mortimer é um físico, embora demonstre conhecimentos em muitas áreas do conhecimento mesmo fora do ramo científico, como seja arqueologia. Blake é o chefe do MI5 .
O primeiro episódio surgiu na Bélgica no primeiro número da revista Tintin em 26/9/46.

A primeira página de Blake e Mortimer no Tintin n.º 1

Mais tarde, quando foi publicada em álbum, as primeiras dezoito pranchas de O Segredo do espadão foram redesenhadas. As diferenças são muitas entre a publicação em revista e a edição em livro.
A primeira edição em álbum foi feita em dois volumes, mas a terceira dividiu a história em 3 e introduziu como novas pranchas algumas das capas que tinham sido desenhadas para a revista.
Para as duas primeiras histórias Jacobs documentou-se apenas com fotografias e postais, mas para a terceira, A marca amarela, que por muitos é considerada a sua melhor obra, passou uma semana em Londres a recolher elementos que o ajudassem a construir o episódio.
A dupla tem um inimigo de estimação, Olrik, personagem que apenas não intervém no episódio A armadilha diabólica.
O início da série, logo após o final da II guerra mundial, mostra bem os fantasmas que sobreviveram a este conflito bélico. Tudo começa, quando a partir do Tibete, o imperador Basam-Damdu, possuidor de armas possantes e um poderoso exército, resolve conquistar o mundo. Será o “espadão”, a arma construída a partir das bases secretas da resistência, após a conquista do mundo pelos orientais, que vai contribuir para a derrota dos invasores.

As memórias de desembarques da 2ª guerra mundial no episódio O segredo do espadão

O segundo episódio, O mistério da grande pirâmide, faz um apelo ao sobrenatural e decorre no Egipto.
A marca amarela é uma história de ficção científica, passada em Londres, onde o professor Septimus, cria uma terrível máquina. Neste episódio reaparece Olrik, que em O Mistério da Grande Pirâmide parecia ter sido derrotado de vez. A sua aparição pareceu forçada mas acabou por permitir o seu reaparecimento nos episódios seguintes.
Em O enigma da Atlântida, a dupla vai até aos Açores, onde descobre o caminho que os leva à civilização perdida, mas bastante evoluída da Atllântida. De referir que numa entrevista a Vasco Granja, Edgar Pierre Jacobs afirmou ter encontrado muita dificuldade para se documentar sobre a região.
SOS meteoros leva a dupla para França, onde uma nova aventura na área da ficção científica a aguarda.
Neste episódio surge o professor Miloch que será o agente catalisador do episódio seguinte, Armadilha Diabólica, mais uma aventura de ficção científica.
Em O caso do colar a ficção científica é abandonada, e é nos túneis e caves secretas que a resistência francesa usou no combate à ocupação alemã de Paris que a aventura se vai desenrolar.
Este episódio fecha um ciclo de 3 aventuras que decorreram em França.
As três fórmulas do professor Sato foi uma história construída em duas partes. É uma narração na área da ficção científica em que surgem robots com potencialidades extraordinárias, incluindo a capacidade de se duplicarem.
É a meio desta história que acaba a participação de Edgar Pierre Jacobs. A segunda parte, embora usando o argumento de Jacobs, seria desenhada por Bob de Moor, e publicada apenas 19 anos depois da segunda, deixando os adeptos desta série numa espera que parecia interminável.

Novos episódios com outros autores foram elaborados.
Seguiram-se O caso Francis Blake, uma aventura de espionagem, A conspiração Voronov, mais um caso que envolve espionagem em plena guerra-fria, e O estranho encontro, onde a ficção científica permite o regresso do imperador Basam-Damdu.
Os episódios seguintes são os de argumento mais fraco. Os sarcófagos do 6º Continente, publicado em dois volumes, é uma aventura de ficção científica, onde também se fica a saber o passado de Mortimer. Demasiadas misturas na história, com a narração mal desenvolvida quer em relação ao passado quer em relação ao presente,
O santuário de Gondwana acaba por ser quase uma terceira parte de Os Sarcófagos do 6º continente, de tal modo a história está ligada ao episódio anterior. Mais uma vez a narração não foi desenvolvida convenientemente. Este último episódio conduz mais uma vez ao campo do fantástico com a descoberta de uma civilização perdida.
Estão em projecto mais duas aventuras.

A Maldição dos Trinta Denários ( 1º volume) volta a fazer subir a qualidade do argumento. O regresso de Olrik e um Blake práticamente ausente da história, criam a vontade de esperar pelo 2º volume.