quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Revistas - Mundo de Aventuras Especial (3)

A selecção da banda desenhada publicada, em especial nos primeiros números, é difícil de entender. Não se entende o que se pretende com a revista, mais parecendo que serve para publicar algumas histórias que não caberiam na revista Mundo de Aventuras.
O número 1 não entusiasmaria nenhum adepto das histórias aos quadradinhos: Uma aventura recente do Fantasma, uma história de Buffalo Bill, sem autor identificado, como que a servir de teste para a revista dedicada a esta personagem que apareceria 3 meses depois, uma aventura das menos interessantes de Os Buscadores, uma pequena história de 4 páginas da revista Tintin e 1 página de Popeye.

Vinheta de Popeye

Não se percebia para que vinha mais esta revista e a que público se dirigia.
Lentamente a revista começou a afinar os seus critérios de edição, começando a publicar alguns clássicos tendo atingido em determinado momento um elevado grau de qualidade, apesar da necessidade de ir “despachando” algumas séries de monstros e titãs que deveriam estar a encher as prateleiras da Agência Portuguesa de Revistas.
O humor foi marcando presença durante os primeiros dois terços da vida da revista, tendo desaparecido da edição após o número 21. Até essa data publicaram-se dusa páginas do Popeye desenhadas por Bud Sagendorf, nos números 1 e 3; 3 tiras de Deems de Tom Oka; 3 páginas de Boule e Bill, adivertida série desenhada por Roba;

Boule e Bill

3 páginas d de Hagar, de Dik Browne nos números 13, 19 e 21; 3 tiras de Grubby, desenhadas por Warren Sattler, no número 15;


Vinheta de Grubby

4 tiras de Os Larks, do inglês Jack Dunkley, no número 17; uma página de O reizinho de O. Soglow;

Vinheta de O reizinho

e 2 tiras de Stimey, desenhado por Martin, no número 18.

Tira de Stimey

domingo, 27 de dezembro de 2009

Revistas - Mundo de Aventuras Especial (2)

A revista mantinha uma estrutura interna muito semelhante à revista que esatva na sua génese: o Mundo de Aventuras.
Logo no n.º1 inicou uma secção de problemas policiários: Há horas para tudo…esta é a hora do policiário, que nunca viria a ter grande sucesso, com um número residual de concorrentes, bem longe das centenas da revista-mãe. Publicada com alguma irregularidade, a partir do número 21 a secção extinguiu-se.
Neste mesmo número também surgiu uma secção de introdução ao charadismo, que não mais apareceria.
No número 4, Artur Varatojo apresenta –se com a secção Aprendiz de Sherlock, que se manteria até ao número 17, com algumas interrupções.


Cabeçalho de Aprendiz de Sherlock

No número 9 mais uma secção: Mitos & Enigmas, dedicada ao fantástico e sobrenatural, que duraria também até ao número 17;
Surgiram também artigos sobre temas variados: no número 3, Como será o mundo daqui a 20 anos, que lido a esta distãncia nos faz sorrir; no nº4 um artigo de Tharuga Latas: A estrela da epifania em Nova Iorque e ainda um texto histórico, A evasão de Lavalette, de Jorge Magalhães com alguns desenhos de Batista Mendes;no número 8 um artigo sobre Camelot.
No número 15 cinema e televisão foram temas em dois textos: 1999: uma odisseia no espaço e Gunsmoke.
No número 25 o cinema regressou com um artigo sobre o filme Hulk e no número 27 é o regresso do fantástico com o artigo O enigma dos extraterrestres.
Houve ainda alguns textos em forma de editorial: no nº 2 , comemorando o 26º aniversário e no número 4 uma justificação da selecção da BD feita para publicação.
A comemoração do 30º aniversário, no número 28 volta ater direito a mais um curto texto editorial e comemorativo da efeméride.
Os números 17 e 18 trouxeram duas separatas, respectivamente as equipas de futebol do Benfica e do F.C. Porto. O nº 21 voltou a trazer uma equipa do Benfica.
A publicação de contos também se fez, tal como na revista Mundo de Aventuras:
Viagem perigosa, escrito por Roy West com desenhos de Vítor Peon, no número 1;
Um pesadelo salva dois irmãos, de Tharuga com desenhos de Baptista Mendes, no número 2; O último combate de Roy West e Baptista Mendes, no número3;


Ilustração de Baptista Mendes para O último Combate

O forte dos acorrentados de Edgar Caygill e Baptista Mendes, no número 4;
Todos eram francos, do Insp Varatojo, no número 12; Como dois irmãos, escrito por Orlando Marques com desenhos de António Barata, no número 13; Rivais Esquimós, no número 17;



Ilustração de António Barata para Rivais Esquimós

O exemplo de um bravo, no número 18; Um homem em fuga no21, todos dos últimos dois autores; Bandidos do Rio grande, escrito por Jorge Magalhães, no número 25.
Também os artigos sobre banda desenhada marcaram presença.
No tempo do rei Artur, sem autor, e Brick Bradford, de Charles Moreau, os dois no número 4; , de Al Williamsom, de José Matos Cruz, no número 5;
Dick Tracy, de Luís Gasca no 6; Entre o amor e a lei, de Miguel Ruiz Marquez;
Steve Roper, sem autor; e Lance, de A.L. no número 7; Os 40 e os 400 anos do Fantasma, de José Matos Cruz; José Ruy o dono de uma varinha mágica que cria figuras, de Artur Varatojo; e Texto autobiográfico, de José Ruy, todos no número 13;
Entrevista com Steve Dowling, por Denis Gifford; artigo sobre Dick tracy, sem autor, no número 16; Flash Gordon, uma odisseia no espaço, por Dan Barry, no 21; Conan, A história de um sucesso, de Roy Thomas no número23; O regresso de Johnny Hazzard, escrito por José Matos Cruz, e O poeta do Mar (texto sobre Caprioli), de Tomaso Mastrandea, ambos no 25; Dale Arden: um sonho de mulher, de Alfredo Grieco, no 26; e Edgar Pierre Jacobs, da autoria de Luiz beira no número 27.
Publicou também 4 páginas documentais em Banda desenhada dedicadas aos temas: Armas do oeste, no número 1; Sabia que, no número 2; O cachimbo, no número 3, e Seja você o árbitro no número 19.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Revistas - Mundo de Aventuras Especial (1)

Com a data de 1 de Maio de 1975 saiu para o mercado português mais uma revista: Mundo de Aventuras Especial.
Saiu com um formato semelhante ao Mundo de Aventuras, mas com 64 páginas e a indicação que seria bimensal.

Capa do n.º1

Não tinha qualquer indicação de tiragem.
O número 2 apenas saiu em Agosto, contrariando logo no início a periodicidade anunciada , e pretendia comemorar o 26º aniversário do Mundo de Aventuras.
No nº 4 , saído em Dezembro a revista aumentou as suas dimensões passando a ter um tamanho quase equivalente ao A4. Esta revista saiu com 80 páginas e custava 20$00.
O nº 5 voltou a falhar a periodicidade, saindo em Março e anunciando que a revista passaria a mensal. O número de páginas passou a 48 e o preço fixou-se nos 15$00. A promessa da bimensalidade manteve-se ao número 12, saído em Outubro de 1976, já que o número 13 apenas saiu em Dezembro.
Entretanto a revista de Agosto, número 10, comemorativa do 10º aniversário, tinha 64 páginas e custou 20$00e e a de Dezembro, 80 páginas, custando 25$00.
No número 14 passou a ter a indicação de 10 mil exemplares de edição.
Em Março de 1977 não saiu, em Abril saiu o número 16, com 64 páginas e custando 20$00, preço que se manteria nas revistas seguintes. Em Maio não houve revista e em Junho o número 17 não trazia qualquer referência à periodicidade. Em Julho o número 18 voltou a designar a revista como mensal, mas o número seguinte apenas sairia em Dezembro, Especial de Natal, com o número 19, com a eliminação definitiva da referência à periodicidade, com 64 páginas e mantendo o preço. Em 1978 saíram dois números, Abril e Dezembro, ambos com 64 páginas e preço de 25$00. Em 1979 saíram três: Agosto, com 48 páginas, Novembro, com 52 páginas, custando 30$00, e Dezembro com 64 página e ao preço de 35$00. Em 1980 a revista saiu em Junho, 48 páginas, número que se manteve sempre até ao final, 35$00. Em 1981, Janeiro e Abril, as duas ao preço de 35$00, Julho, 40$00, com oito páginas a cores e Dezembro, 50$00, preço que se manteria até ao final, assim como as 12 páginas centrais a cores, foram os meses escolhidos para fazer sair 4 números. Em 1982 voltou a haver redução de edição, apenas Abril e Julho.

Capa da revista saída em Abril de 1982

Em 1983 saiu o último número da revista, o número 32, em Abril. Deverá estar próximo do recorde da não periodicidade, ao longo dos sete anos de existência.
Capa da última revista

sábado, 19 de dezembro de 2009

Capas (46)


Capa d' O mosquito número 436, publicado em 28 de Agosto de 1943

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Capas (45)

Capa da autoria de Augusto Trigo para o Mundo de Aventuras número 500 (II série), publicado
em 12 de Maio de 1983.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Séries de que eu gosto (12) - Rip Kirby (5)

Em Portugal, Rip Kirby surgiu no Mundo de Aventuras número 1, em 18 de Agosto de 1949, num espisódio, O outro amor de Dorian, que estava quase a terminar. Foi presença assídua na revista. Apenas entre 1959 3 e 1966 houve um interregno, que correspondeu a outras opções editoriais. Foram aí publicados 55 episódios.

Rip Kirby na capa do n.º 34 em 23 de Maio de 1974

A revista Condor ( 1ª série), e a série “amarela”

Na capa da revista Condor

e Condor Popular também publicaram algusn episódios.
Capa da revista Condor Popular

Registe-se ainda Enciclopédia O mosquito, ( que publicou o 1º episódio da série), Jornal do Cuto,
Rip na capa do Jornal do Cuto

que entre outros publicou o 2º episódio, Mundo de Aventuras Especial, Selecções, Heróis Inesquecíveis, Tigre (1ª série), Policial, Canguru,
Capa da revista Canguru

O grilo, Pantera Negra, Super Grilo, Aventureiro e As grandes Aventuras de Flash Gordon.
A Editorial Futura publicou 2 albuns.
A série passou por vicissitudes na publicação, desde a mudança de nome para Ruben ou (Rubem) Quirino, até à censura de vinhetas que foram eliminadas da publicação.

Vinhetas de O Estranho caso de Kildare, tal como foi publicado na revista Tigre em 1/3/56




As mesmas vinhetas sem cortes

Vários desenhadores portugueses desenharam a personagem na ilustração das capas de revistas. Eis alguns.


Vitor Peon


Carlos Alberto


Luís Nunes


Vilanova

Na minha colecção possuo todos os primeiros 74 episódios em edição espanhola, até 8 de Julho de 1967. Daí até 5 de Agosto de 1978 faltam-me os episódios 76, ,88, 95, 113 e 114. A partir do 115 e até ao final não possuo mais nenhum, ou seja, faltam os últimos 20 anos da série. Nos primeiros 74 episódios tenho muitos episódios nas duas línguas e alguns em duas versões portuguesas.
Capa de um dos livros espanhóis

Tenho ainda dois episódios em versão Brasileira, Nick Holmes.
Algumas histórias

Fontes:
De onde foi recolhida informação já escrita por outros

História de los Comics, El País,
História de los comics , Ed Toutain
Chronologie de la BD, Moliterni e Mellot, Flammarion
Rip Kirby Anatomia de um detctive, José de matos-Cruz, Mundo de Aventuras 47, V série
Entre o amor e a lei, Manuel Luiz Marquez, Mundo de Aventuras Especial 7
A série negra e o romance cor-se rosa em Rip Kirby, José de Matos-Cruz, Mundo de Aventuras 227, V série
Rip Kirby, Aventureiro 3.

Outros livros /revistas de onde foram retirados outros elementos:

Biblioteca mundo del comic – Rip Kirby, Planeta de Agostini
Nick Holmes( Edição colorida), 48, Rio Gráfica e Editora
Gibi de Ouro Rip Kirby, Rio gráfica Editora
Quase todas as revistas portuguesas que publicaram histórias de Rip Kirby

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Séries de que eu gosto (12) - Rip Kirby (4)

Desde o início da série que Rip Kirby é acompanhado pelo mordomo Cecil Desmond, um antigo delinquente.

Desmond, o mordomo para todo o serviço

Sendo uma personagem importante em muitos episódios, tendo papel relevante no desenlace dos factos, Desmond é também o elemento que traz o humor à série, com as suas atitudes e comportamentos.

Desmond como protagonista

Muitas das histórias desta série surgem na sequência da atracção que as mulheres sentem pelo detective pelo que estas êem um papel importante na série.
Honey Dorian, a eterna namorada de Rip,

Honey Dorian

que apesar de tudo não o impede de ter outros relacionamentos, nem a ela de ficar noiva de outro, foi inspirada na figura de Verónica Lake e juntamente com Desmond é a personagem que mais relevância tem.


Verónica Lake
Émodelo, tem formação universitária e recusou a herança de um tio. Desde o ínico da série até 31 de Outubro de 1959 em O crime de Desmond, Honey foi presença assídua nas vinhetas da série. Regressaria em 7 de Abril de 1975 tendo pouco depois uma aventura, 1/3/76 a 5/6/76, em que tem um papel importante.

Rip Kirby e Honey

A rival sentimental de Honey era Pagan Lee, inicialmente delinquente, mas que acaba apaixonada por Kirby e se regenera, seguindo uma carreira artística.

Rip Kirby e Pan Lee

Muitas outras mulheres têm importância nesta série, algumas em mais que um episódio, como as irmãs Amour; outras de modo esporádico: Connie Rice Simulacro de rapto; Sirena em Rip Kirby em acção ; a princesa Teela, em A princesa das ilhas ; Cindy Barnett em Doutor Destino e muitas outras mais.

Rip Kirby e Connie

Honey Dorian além de eterna namorada de Rip Kirby também , em especial nos primeiros episódios, tem um papel muito activo, demonstrando até ter excelente pontaria na utilização de armas de fogo.


A pontaria de Honey Dorian

Ma casino, uma mulher gorda, fumadora de charuto, proprietária de um casino é outra das personagens Recorrentes da série, mas que se afsta do padrão da sensualidade.
Alguns bandidos também fizeram carreira na série: deacando-se Mangler "O triturador”, ex-namorado de Pagan Lee e “dedos” Moray. Qualquer um deles actua de modo extremamente violento.


Mangler

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Séries de que eu gosto (12) - Rip Kirby (3)

O ponto forte desta série foram os argumentos. Quando estes tinham menos qualidade as histórias ficavam sem interesse apesar do rigor do desenho.
Os casos de Rip são essencialmente de dedução e investigação, apesar de muitas vezes a violência também aparecer, por vezes até de forma bastante pronunciada, com vários mortos e disparos de armas de fogo.

A acção violenta em Ma Casino

Rip Kirby é também um lutador exímio com os punhos.


Nem sempre aa lutas lhe correm bem

Nas histórias de Rip Kirby passam todos os tipos sociais: banqueiros, milionários diletantes, marginais, etc.
Kirby é um rigoroso cumpridor da lei, trabalhando em colaboração com a polícia, nunca entrando em conflito com as autoridades.
O primeiro episódio inicia-se com o detective a levantar-se e, enquanto toma o pequeno almoço, ouve um tiro.

Primeira tira de Rip Kirby

Na segunda tira fica com um cadáver nos braços.
A qualidade dos argumentos iniciais é superior, com algumas histórias muito bem estruturadas e longas, onde se mostram alguns dos problemas sociais e até morais da América dos anos pós-guerra. O episódio mais longo, As duas mães, o sétimo, durou 8 meses e é um bom exemplo dessas características.
Com o decorrer da série surgiram episódios de qualidade mediocre, com acçcão nula, não passando de meras histórias “cor de rosa”, não havendo mesmo qualquer crime associado ou qualquer investigação.
Apesar de ser uma série de características realistas, a partir dos anos sessenta, Fred Dickenson, que já denotava alguma falta de imaginação em alguns episódios, leva Kirby para o mudo da fantasia, da ficção científica e irrealidade.
É assim que vai ao Olimpo, onde encontra grande parte das personagens que fazem parte da mitologia clássica, em Sonho ou relaidade;



Rip Kirby no Olimpo

faz uma viagem interplanetária até um planeta onde vivem os descendentes dos Atlantes, em A nova Atlântida, que não encontraram no universo ninguém melhor para resolver um problema que o detective de Nova Iorque;


Em viagem para o planeta onde se refugiram os Atlantes

parte em busca de uma civilização que vive no século XIX, desde que a ponte que os ligava ao resto da população caiu, em O segredo de Harmony; encontra uma povo nos Andes, desconhecido da restante civilização, em Os filhos do Sol;


Numa civilização perdida nos Andes em Os filhos do Sol

em A guerra vegetal surgem plantas carnívoras gigantes.
Rip Kirby corre várias partes do mundo nas suas aventuras. Tem casos passados em França, na Inglaterra, na Amazónia, em ilhas do pacífico, em África e na Ásia.
Portugal serviu de ponto de passagem no caso As duas mães.


A referência a Lisboa

Se em alguns casos é referido o país onde a acção decorre, noutros apenas se sabe o Continente ou a área geográfica, havendo até casos de países inventados.
Apesar de tanta viagem, os desenhos não mostram nada desses países, que permitam identificar os locais. Se o episódio decorre num dado país, apenas se sabe que assim ocorre porque está escrito no texto. As vinhetas serviriam para a mesma história se lá estivesse escrito que era na Ìndia ou na Argentina.
A excepão é uma história em Inglaterra onde se vê o relógio Big Ben.


Vinheta de A nadadora desaparecida

Os episódios que decorrem nos Estados Unidos, passam-se na maior parte em Nova Iorque, mas com frequência Kirby é chamado a Hollywood, por vezes com episódios que quase repetem a acção dos anteriores
Foram publicados 196 episódios.

domingo, 29 de novembro de 2009

Séries de que eu gosto (12) - Rip Kirby (2)

A série teve o seu início no dia 4 de Março de 1946. O seu primeiro desenhador foi Alex Raymond, que teve como assistente entre 1952 e 1956 Ray Burns. Raymond morreu num acidente de automóvel em 6 de Setembro de 1956, tendo sido publicada a última tira assinada em 29 de Setembro.

Última tira assinada por Alex Raymond

Após a morte de Alex Raymond foram convidados vários desenhador para prestar provas, tendo sido seleccionado John Prentice, que assegurtou os desenhos atá ao final, embora tenha tido inúmeros assistentes: Al Williamson; Al McWilliams; Gray Morrow; Neal Adams; Wayne Boring; Tex Blaisdell; Dan Adkins; Frank Bolle; Ben Oda e Rick Parker.
A primeira tira assinada por Prentice surgiu em 7 de Janeiro de 1957.
Primiara tira assinada por John Prentice

Tanto Raymond como Prentice, usam a cor preta com mestria para aumentarem ao suspense, situação mais evidente em Raymond, com as vinhetas em que a acção é maior a decorrerem muitas vezes em cenários nocturnos.


Rip Kirby em acção

No episódio O caso madelon Bell, Alex Raymond auto-retrata-se na personagem do médico que atende John Smith.
Raymond auto-retratado

Uma das característivcas dos desenhos, em especial de Raymond é a sensualidade que ele colocava nos corpos femininos, ao contrário dos masculinos, em que a maior parte dos bandidos surgem com deformações físicas características.
Corpos femininos


A sensualidade desenhada no corpo feminino desenhado por Alex Raymond

Em relação aos argumentos, estes começaram por ser da autoria de Raymond, e Ward Greene, até 1951, data em que Fred Dickenson passou a escrever os episódios, situação que se manteria até 1985. Depois o próprio Prentice foi autor de alguns argumentos assim como Bruce Smith e Maxwell MacRae.
A última tira foi publicada em 26 de Junho de 1999.
A última tira da série

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Séries de que eu gosto (12) - Rip Kirby (1)

Quem é Rip Kirby?

Trata-se de Remington Kirby, investigador particular, licenciado em direito, antigo cientista e homem de letras, desmobilizado como capitão dos marines, tal como o desenhador da série, e combatente do pacífico homenageado.

Kirby foi atleta na universidade e continua a praticar vários desportos físicos, embora se veja com mais frequência a jogar golfe ou xadrês.

Rip Kirby, corredor de automóveis

É um cavalheiro, sempre bem vestido, frequentando os ambientes mais luxuosos, sempre pronto a acorrer aos pedidos de damas em perigo ou até de amigos. Toca piano frequentemente.

Mesmo nas situações risco, Rip Kirby apresenta-se sempre bem vestido

Dois símbolos identificam Kirby: os óculos e o cachimbo. Os óculos são um adereço raro nos protagonistas da banda desenhada e que tornam o detective mais “ humano”. Já o cachimbo remete para a figura do detective Sherlock Holmes.

Kirby é alto, simpático e ligeiramente tímido. Gosta de música e literatura clássicas.

O modelo que serviu de inspiração ao retrato físico da personagem foi o escritor americano Arthur Miller,

Arthur Miller

mantendo a mesma fisionomia ao longo do tempo, apesar de ter mudado de desenhador, notando-se um ligeiro envelhecimento do rosto a partir dos anos 70.

Rip Kirby no início da série desenhado por Alex Raymond

Rip Kirby no final da década de 50 desenhado por John Prentice

Rip Kirby na década de 70, por John Prentice