quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Revistas (1) - Mundo de Aventuras (31)

(do número 513 ao último, 589)
Mesmo no seu estertor a revista ainda fez estrear algumas estreias.
Billy Bis uma série que não teve indicação de autor, tal como Rifle, Semuth e Tom Stone. Battler Britton, conhecido em Portugal por Major Alvega, voou pelas páginas do Mundo de Aventuras uma vez.

Vinheta do Major Alvega

Criss Golden, já conhecido em Portugal através de outras edições, também viu um episódio seu publicado.

Vinheta de Criss Golden

Firehair, uma série do norte-americano Joe Kubert estreou no número 534, tendo ainda mais um episódio no número 555.

Firehair

Mandrin foi outra estreia, no número 578.

Vinheta de Mandrin

Sem autor definido, estreou a série humorística Pepe o trabalhador, com 4 tiras.
Roger d’Aran do espanhol Xirinius estreou com dois episódios


Sequência de uma luta de Roger d'Aran

Ivan Zourine, de Follet e Stoquart, e Secção R de Raymond Reding estrearam na revista no penúltimo número, o 588.
Algumas séries que já não surgiam há alguns anos reapareceram: O mini de Martin, Joe Palooka (Zé Sopapo) e Olac, o gladiador.

Tira de Joe Palooka
Das restantes séries, acompanharam a revista nesta fase final, Big Ben Bolt, Capitão Easy,

Vinheta de Capitão Easy

Comanche, Dan Cooper, Dan Flagg, Dick, o avançado cento, Fantasma,

Tira de Fantasma

Flash Gordon,

Vinhetas de Flash Gordon

Garth,

Vinheta de Garth

Grafter, Hagar, Ian Kaledine, Jugurtha,

Jugurtha

Latigo, Mandrake, Mark Trail (Mestre João), Príncipe Valente, Ric Hochet, Rip Kirby, Sigur, Star Hawks, Tetfol, Thorgal, Tounga, Warlord e X-9.
Thorgal

De referir ainda uma história de Cebollo, O capuchinho e o lobo, no número 581, Orelhas compridas de Derib no número 527 e um episódio de Histórias e lendas de Magia e Feitiçaria.
Chegou ao fim após 38 anos de publicação, 1841números publicados e muitos milhares de páginas de banda desenhada, uma revista que marcou a publicação da banda desenhada em Portugal.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Revistas (1) - Mundo de Aventuras (30)

( Do número 513 ao último, 589)
A qualidade da BD publicada decresceu muito.
Entre o número 513 e o 528 foram publicadas, em algumas das revistas, duas histórias, sem autor indicado, de qualidade medíocre.
Muitas outras histórias curtas foram publicadas.
A revista Tintin continuou a ser a principal fornecedora deste tipo de histórias. 14 pequenos episódios de 4 páginas, em que se destaca, pela referência a um dos factos mais conhecidos da história de Portugal, A rainha morta, no número 554, da autoria de Coria.

Extracto de A rainha morta

A publicação de autores portugueses manteve alguma regularidade.
Fernando Jorge Costa continuou a publicação das pequenas histórias de Contos tradicionais, com 4 episódios, mas publicou também a sua primeira história longa: A formosa judia, no número 587.

Vinheta de A formosa judia

Eduardo Teixeira Coelho teve um episódio de Erik, o vermelho e dois de Yves, o lobo.

Vinheta de Yves, o lobo

A série Os palhaços foi mantendo a boa disposição, com 5 páginas, enquanto António Carichas publicou mais três episódios da sua série de ficção científica, Toncari.

Vinhetas de Toncari

Catherine Labey adaptou o conto de Poe, O passageiro do navio fantasma, enquanto Vassalo Miranda publicou A loba das Ardenas.

A loba das Ardenas
José Antunes também publicou mais uma história, Pedro Francisco.
Alguns autores estrearam-se. No número 528 Kamikaze de Helder Alves Dinis, no 548 Luis Louro e Tozé Simões com Estupiditia 2, no 558, António Ruivo, com Shannon, no 559, Samurai, com A águia lusitana e no 572, Carlos Dias com uma história sem título.

Vinheta de Shannon

Luís Louro e Tozé Simões voltaram a ter histórias editadas no número 556, Fuhrer, e no 565, Game over.
Augusto Trigo teve episódios de cada uma das séries: Kumalo, Wakantanka e Excalibur.

Vinheta de Kumalo

Finalmente uma palavra para Vítor Peon. Foi ele quem preencheu o último Mundo de Aventuras com 13 episódios de Simon Crane, alguns já anteriormente publicados na revista.

Simon Crane

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Revistas (1) - Mundo de Aventuras (29)

(do número 513 ao último 589)

Eis os últimos tempos de uma longa vida na publicação da banda desenhada em Portugal.
No número 513 a revista, falhada a renovação, regressou à periodicidade semanal. Voltou ao formato anterior de 32 páginas e o preço desceu para 30$00. No número 530 a revista ficou a publicar-se de quinze em quinze dias e aumentou para 40$00. Do número 572 ao derradeiro, 589, o preço foi de 50$00.


Capa do número 532

O número 565 custou 80$00. Teve 64 páginas e estava classificado com Especial de Natal.
Nos números imediatos ao 513 as capas deixaram de ter assinatura, a qualidade do papel desceu, com a espessura tão diminuta em algumas revistas, que se via a página do reverso. Depois essa fase inicial, algumas capas voltaram a ver os seus autores reconhecidos, com a fase final a ter novamente autores incógnitos.
Voltaram a ser publicados os Clássicos e Modernos da Bd com a continuação de Tarzan e Jim das Selvas. No suplemento, Ficheiros da BD Portuguesa continuou a fazer a história da Banda Desenhada de autores portugueses.

Uma das Fichas

As secções da revista praticamente extinguiram-se. Ficou Mistério Policiário, ainda durante algum tempo, BD Divulgação e Notícias da BD.
Na secção BD Divulgação foram publicadas 6 entrevistas a jovens autores portugueses. No número 517 a Zé Parreira, no 527 a Catherine Labey, no 534 a Nuno Nisa , no 545 a Vitor Teodósio, no 546 a Chico Lança e no 548 à dupla Luís Louro e Tozé Simões.
No número 588 houve um artigo sobre Raymond Reding.
Apesar da falta de espaço foram ainda sendo publicados alguns contos. Alguns sem autor e ainda de Orlando Marques, Lúcio Cardador e Raul Correia.
Zé Netto, ilustrando um conto foi o autor do último desenho publicado na revista.

Zenetto a encerrar o Mundo de Aventuras

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Capas (21)

Capa da revista Selecções número 127, publicada em 10 de Outubro de 1971


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Capas (20)

Capa do Mundo de Aventuras n.º 67, publicado em 9 de Janeiro de 1975, que tinha no seu interior uma história desenhada por Raymond Reding

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Revistas (1) - Mundo de Aventuras (28)

( do número 503 ao número 512)

Foi a tentativa de fazer renascer uma revista em crise.
O preço passou para 50$00, o tamanho passou para A4, o número de páginas aumentou para 48, a revista passou a quinzenal e as 8 páginas centrais eram a cores.

Capa do número 504 da autoria de Augusto Trigo

Isto passou-se no dia 15 de Julho de 1983. A época era de crise económica no país, a BD belga estava a ganhar a batalha da edição em Portugal, e a partir de 1 de Agosto a revista passou a mensal. O número 512, saído em Fevereiro de 1984, já não tinha páginas a cores.
Os clássicos e modernos da BD desapareceram enquanto secção, continuando no entanto a publicação das histórias em continuação, assim como os Ficheiros da BD portuguesa.
A renovação falhou, talvez porque tenha sido mínima em termos de conteúdo.
Continuou a publicação de alguns artigos de cinema, as secções de Notícias da BD e Mistério Policiário. Foram publicados três contos. Dois de Orlando Marques, um com desenhos de autor desconhecido, outro com desenhos de Augusto Trigo, e um conto de Lúcio Cardador com ilustrações de Vassalo Miranda.
De referir ainda a publicação de dois artigos sobre a temática da Banda desenhada. Um sobre Albert Weinberg, no número 510, e outro, sobre a personagem Bernard Prince, no número 506.
No que se refere à Banda Desenhada a renovação teve algumas estreias: Hans, uma história de ficção científica da autoria de Rosinski e Duchateau;

Vinhetas de Hans

Dan Cooper, a série de aviação de Weinberg, também se estreou com uma pequena história;
dos Estados Unidos também veio uma estreia com Capitão Easy;

Tira de Capitão Easy

Da Inglaterra veio a estreia de Império Trigan.



Vinheta de Império Trigan

As páginas a cores foram reservadas para a banda desenhada belga.
Aquele que nasceu duas vezes, uma excelente história de índios, desenhada por Derib, dois episódios de Histórias e Lendas de Magia e Feitiçaria de Servais, e O cavaleiro negro.

Os excelentes planos gráficos de Derib

O episódio inicial de Lester Cockney, Os loucos de Kabul, teve o seu final, tendo surgido também mais um episódio de Thorgal.

O dramático final de Os loucos de Kabul

De Hermann, foi publicado um conjunto de sete episódios, todos muito curtos, da série Bernard Prince. Muito longe da qualidade dos episódios longos.

Vinhetas de Bernard Prince

Três histórias curtas da revista tintin: no número 504, Henrique o navegador, de Fred e Lilliane Funcken, no número 510, Operação carne para tubarões, com texto de Step e desenhos de Hermann, e no 512, A misteriosa cidade das nuvens, com desenhos de Servais e texto de Yves Duval.

Vinhetas de Henrique, o navegador

Os autores portugueses também marcaram presença. Eduardo Teixeira Coelho surgiu com um episódio de Robin dos Bosques e outro de Erik, o vermelho.
Augusto Trigo surgiu com mais um episódio de Wakantanka.

A arte de excelência de Augusto Trigo em Wakantanka

Fernando Jorge Costa continuou a publicação de histórias de duas páginas, englobadas na série Contos tradicionais. Publicou dois episódios: A truta de Celorico e Dona Chama.
Vassalo Miranda publicou uma história no número 510: George Guynemer, O Imortal.

Vinheta desenhada por Vassalo Miranda

As séries Príncipe Valente e Jim das Selvas, anteriormente publicadas nos Clássicos e Modernos da BD, continuaram a sua publicação ao ritmo anterior.
Dos Estados Unidos veio também um episódio do Fantasma, um do Arqueiro Verde e outro de Warlord, enquanto da Inglaterra, surgiram Garth e Matt Dillon, cada um com um episódio.

Tira de Matt Dillon

Para finalizar a referência a uma pequena história medíocre, desenhada por Al Williamson: Uma estranha cidade.
Termina aqui renovação que falhou.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Os livros de "cobóis"

Para os mais saudosistas são as histórias aos quadradinhos, para os mais novos é a banda desenhada.
Nem banda desenhada nem histórias aos quadradinhos
Recordo-me de quando comecei a ler as primeiras revistas. Não as chamávamos histórias aos quadradinhos nem revistas de banda desenhada. Talvez “livros de histórias aos quadradinhos” fosse usado, mas raramente.
Não sei se a designação que usávamos era muito regional ou não, ou se era constextualizada socialmente, mas o termo usado era de “livros de Cow-boys”, independentemente de estes fazerem ou não parte da temática da história

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