quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Séries de que eu gosto (12) - Rip Kirby (3)

O ponto forte desta série foram os argumentos. Quando estes tinham menos qualidade as histórias ficavam sem interesse apesar do rigor do desenho.
Os casos de Rip são essencialmente de dedução e investigação, apesar de muitas vezes a violência também aparecer, por vezes até de forma bastante pronunciada, com vários mortos e disparos de armas de fogo.

A acção violenta em Ma Casino

Rip Kirby é também um lutador exímio com os punhos.


Nem sempre aa lutas lhe correm bem

Nas histórias de Rip Kirby passam todos os tipos sociais: banqueiros, milionários diletantes, marginais, etc.
Kirby é um rigoroso cumpridor da lei, trabalhando em colaboração com a polícia, nunca entrando em conflito com as autoridades.
O primeiro episódio inicia-se com o detective a levantar-se e, enquanto toma o pequeno almoço, ouve um tiro.

Primeira tira de Rip Kirby

Na segunda tira fica com um cadáver nos braços.
A qualidade dos argumentos iniciais é superior, com algumas histórias muito bem estruturadas e longas, onde se mostram alguns dos problemas sociais e até morais da América dos anos pós-guerra. O episódio mais longo, As duas mães, o sétimo, durou 8 meses e é um bom exemplo dessas características.
Com o decorrer da série surgiram episódios de qualidade mediocre, com acçcão nula, não passando de meras histórias “cor de rosa”, não havendo mesmo qualquer crime associado ou qualquer investigação.
Apesar de ser uma série de características realistas, a partir dos anos sessenta, Fred Dickenson, que já denotava alguma falta de imaginação em alguns episódios, leva Kirby para o mudo da fantasia, da ficção científica e irrealidade.
É assim que vai ao Olimpo, onde encontra grande parte das personagens que fazem parte da mitologia clássica, em Sonho ou relaidade;



Rip Kirby no Olimpo

faz uma viagem interplanetária até um planeta onde vivem os descendentes dos Atlantes, em A nova Atlântida, que não encontraram no universo ninguém melhor para resolver um problema que o detective de Nova Iorque;


Em viagem para o planeta onde se refugiram os Atlantes

parte em busca de uma civilização que vive no século XIX, desde que a ponte que os ligava ao resto da população caiu, em O segredo de Harmony; encontra uma povo nos Andes, desconhecido da restante civilização, em Os filhos do Sol;


Numa civilização perdida nos Andes em Os filhos do Sol

em A guerra vegetal surgem plantas carnívoras gigantes.
Rip Kirby corre várias partes do mundo nas suas aventuras. Tem casos passados em França, na Inglaterra, na Amazónia, em ilhas do pacífico, em África e na Ásia.
Portugal serviu de ponto de passagem no caso As duas mães.


A referência a Lisboa

Se em alguns casos é referido o país onde a acção decorre, noutros apenas se sabe o Continente ou a área geográfica, havendo até casos de países inventados.
Apesar de tanta viagem, os desenhos não mostram nada desses países, que permitam identificar os locais. Se o episódio decorre num dado país, apenas se sabe que assim ocorre porque está escrito no texto. As vinhetas serviriam para a mesma história se lá estivesse escrito que era na Ìndia ou na Argentina.
A excepão é uma história em Inglaterra onde se vê o relógio Big Ben.


Vinheta de A nadadora desaparecida

Os episódios que decorrem nos Estados Unidos, passam-se na maior parte em Nova Iorque, mas com frequência Kirby é chamado a Hollywood, por vezes com episódios que quase repetem a acção dos anteriores
Foram publicados 196 episódios.

1 comentário:

Geraldes Lino disse...

Confrade bloguista Paulo
Tenho no meu blogue "Divulgando Banda Desenhada" http://divulgandobd.blogspot.com
a categoria "Banda Desenhada na Internet (Portugal) - Blogues, sítios e portais portugueses de BD, de A a Z", sempre em construção. Nos numerosos espaços ligados à BD está - naturalmente - o seu "Um Mundo de Aventuras", que muito aprecio.
A finalidade desta tentativa de contacto tem a ver com o facto de eu costumar pôr, a seguir ao endereço virtual, o endereço físico (apenas a cidade: Lisboa, Amadora, Almada, por exemplo). . E como no seu blogue não consta qualquer indicação, peço-lhe o favor, caso não veja inconveniente, de me fornecer esse elemento.
Saudações bloguísticas.
Geraldes Lino