terça-feira, 15 de julho de 2008

Revistas(1) - Mundo de Aventuras (5)

A nova revista (do número 54 ao 117)

Durante os primeiros 53 números, a nova série do Mundo de Aventuras, além da inovação na contagem, apenas tinha trazido a novidade do formato. O conteúdo da revista pouco ou nada se alterara. A mudança surgiu com o número 54. A partir desse número, além de um novo formato de menores dimensões, surgiram as novidades em termos de conteúdo. As capas também passaram a ser mais interessantes, desaparecendo o aglomerado de imagens que era usado para ocupar o enorme espaço das revistas no anterior formato grande.
Começou a notar-se de forma gradual uma aposta na banda desenhada franco-belga. Também de autores espanhóis surgiram novidades, embora algumas fossem provenientes das revistas belgas. Alemanha, Itália e Holanda foram os outros países europeus de onde chegaram séries para publicação. Regressaram também os autores portugueses
Houve um evidente abandono das histórias provenientes das revista inglesas inglesas, mantendo-se apenas O Justiceiro da floresta, e virando-se o Mundo de Aventuras para a publicação das séries das revistas americanas.




O Justiceiro da floresta

A revista passou a ter 40 páginas e a custar 5$00. Este número de paginas era manifestamente insuficiente para as séries belgas, normalmente com mais de 40, o que levou a que algumas histórias fossem publicadas em continuação, ocupando geralmente 2 números e em alguns casos três números consecutivos.
No nº 100 o preço de capa sofreu um aumento para 6$00, o que representou um acrescento de 20%.
A qualidade do papel neste novo formato era superior à do formato gigante, embora não constante, ao longo do tempo.

Começaram a surgir secções regulares na revista. Mistério Policiário, que a partir do número 76 publicou problemas policiários, mas também palavras cruzadas, testes de cultura geral, de banda desenhada e ainda outros passatempos variados; a Página do Leitor, que servia para tudo o que o leitor quisesse, desde fotografias de leitores, fotografias de viagens, anúncios de compra e venda de revistas, pequenos desenhos, etc..; A Opinião de Leitor, que acabou por ser uma secção

de cartas, substituindo uma outra secção que poucas vezes foi editada, O Mundo fala e A chave do fantástico, que publicava textos sobre fenómenos estranhos, ovnis, parapsicologia, etc.
Sobre banda desenhada, depois de alguns artigos desenquadrados, surge uma secção de divulgação e crítica, dirigida por José Matos-Cruz, chamada O Mundo em Quadrinhos, e uma outra rubrica chamada Opinião BD.

De referir entrevistas a Vasco Granja nos n.ºs 67 e72, aos autores intalianos, Luísa Benacchi e Cláudio Bertieri, no número 63, a António Carrillo no nº 102 e a Jordi Bernet no 106. Dos artigos publicados salientam-se os que tiveram por tema os autores Joe Kubert, Jijé, Caprioli, Charlier e Onofre Varela, e as séries Tarzan, Korak, Sunday, Garth, Tomahawk Tom, Matt Marriott, Buck Danny, e Terry e os piratas.
Surgiram bastantes artigos sobre Edgar Rice Burroughs, assim como alguns sobre cinema, em especial sobre filmes que se referiam a personagens que também existiam na BD.
Os contos deixaram de ter publicação regular, verificando-se apenas a publicação de dois. Um da autoria de Jorge Magalhães e outro de Artur Varatojo.
De referir ainda a publicação de uma página de curiosidade, Sabia que..., que surgiu de forma bastante irregular.

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